sexta-feira, 29 de maio de 2009

de restos e lixos

poesia é coisa
nos arrasta
restos e lixos

poesia não se faz
captura-se o pó da coisa
e ao pó retornamos

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ventania

ela abriu de sorriso os braços
subiu de pássaro
tomou seu olhar perdido entre os dedos

- é ventania, sabe?

fago(cronia)

sua mão dormindo sobre a mesa
devoro as rugas lentas

-onde foram parar as palavras mortas?

renda-se

uma malha de furos numa tela. a luz atravessa. vasam declarações.
- não quero escrever à fina força
meu estômago dói.