perdoe-me, Clarice, eu não sei o que faço
perdoe-me o uso indevido do teu nome e das tuas palavras
perdoe-me por não ter matado antes da necessidade de gritar
e na pressa ter vestido o corpo cru de muros e filipetas promocionais
perdoe-me a falta de ar, o excesso de paixão
perdoe-me pela verdade explícita, pelo medo de ser feliz
perdoe-me por adorar essa angústia que me devora
(oração da escrita tortuosa)
sexta-feira, 12 de maio de 2006
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2 comentários:
Adorei esse, pois achei assim bastante bastante original. Depois comento mais, pois estou assim sem palavras.
Amei! Bem estilo Lispector mesmo. Não é a toa que vc se identifica com ela.
A Oração está divina rs
Bjs
Clauky
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